Golpe Parlamentar: Julgada pelo Inimigo.

Até cinco personagens podem participar de um julgamento: Autor, Réu, Testemunhas, Juiz e Juri. Se houver juri, será este quem tomará a decisão final sobre a culpabilidade ou não do réu, se não houver juri, a decisão final ficará a cargo do juiz. Independente de haver juri ou não, ambos: juiz e juri devem ser pessoas notoriamente dotadas de total imparcialidade, onde, autor e réu podem solicitar, a qualquer momento do processo, sua (s) substituição (ões) se for constatada a parcialidade de alguns deles, inclusive do juiz, por exemplo: declarações públicas, preferências pessoais, opinião formada, publicações, atitudes, postura no dia a dia, etc.

OS GOLPISTAS.

Fraude e Farsa Processual

Essa introdução já é mais que suficiente para desqualificar totalmente o julgamento de ontem. A ré Dilma Rousseff não foi julgada nem por um juri e nem por um juiz, ela foi julgada por pessoas comprovadamente adversárias dela, além disso, muitas das quais são, declaradamente, inimigas políticas. Isso não existe. I-N-A-C-R-E-D-I-T-Á-V-E-L. Em não se tratando de um julgamento imparcial, por si só, não se trata de julgamento e, sim, de uma inquisição com veredito certo, portanto, se fez uma injustiça. Da mesma forma se ela tivesse maioria no senado e fosse absolvida, também seria um julgamento injusto. 

Golpe Parlamentar

61 votos valem mais do que 54,5 milhões de votos

Não adianta a acusação, o juiz e os parlamentares da oposição virem com esse papo furado de que o impeachment está previsto na constituição e que todos os ritos processuais foram seguidos, inclusive, com amplo direito de defesa da ré, se os responsáveis pelo seu julgamento final são seus inimigos políticos e não pessoas de comprovada imparcialidade. Esse julgamento foi uma farsa, uma fraude jurídica.