quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Burguesia prefere "adotar" cachorros à crianças.

A hipocrisia da burguesia realmente é impressionante. O caso dos beagles do Instituto de São Roque [ 1 2 ] é mais um exemplo disso. Antes de desenvolver o assunto, responda: Qual é a diferença de comer carne de cachorro, porco, golfinho, peixe, baleia, vaca, macaco, galinha, rato, inseto ou de qualquer outro animal? O burguês diria: "cachorro é amiguinho do ser humano", "é bonitinho e fofinho", "deus fez ele para conviver com o homem" ou qualquer outra bobagem ou argumento defendendo seu interesse pessoal que não representa o interesse de todos. A baleia não pode porque está em extinção, então, significa que, quando não estiver em extinção, aí pode. Vários países comem carne de cachorro (altamente nutritiva) e outros proíbem que se coma carne de vaca [ 1 2 ]. E o porquinho com o seu focinho de "tomada" e o rabinho enroladinho sendo assado numa churrasqueira, aí pode? E o peixinho do filme "Procurando Nemo" sendo cozido, aí pode? E o ratinho "Mickey Mouse" ou do "Tom & Jerry" sendo usado como cobaia na descoberta da cura do câncer e outras doenças que, muitos de nós, já podemos ter usado os remédios desenvolvidos a partir dessas experiências e salvo nossas vidas? [ 1 2 ] Se tivesse que escolher entre quem deve morrer: você e milhões de pessoas ou alguns ratos? Qual o critério para dizer que um pode e o outro não? Não pode comer cachorro, assassinar cruelmente um bicho, mas todo mundo já assassinou várias formigas pisoteadas sem nem sequer saberem. O que é certo e errado? O critério é, única e exclusivamente, CULTURAL, ou melhor dizendo, frescura.


Patricinha Burguesa: Luiza Mel logo após o roubo.

O dinheiro que circula no comércio destinado aos cachorros, alimentos, produtos e acessórios é absurdo, R$ 14 bilhões por ano [ 1 ]. No Brasil, 13 milhões de pessoas passam fome [ 1 ], ou seja, com esse dinheiro gasto com cachorro, daria para alimentar todas essas pessoas durante 71 dias com três refeições diárias, ao custo de R$ 5,00 a refeição, custo da refeição no restaurante popular. [ 1 ]

Porém, ao invés de adotar uma criança, o burguês hipócrita prefere sair com seu cão mijando e cagando pela rua e deixando os pelos e o cheiro nojento de seu animal nesses lugares, no condomínio, no elevador, para que as outras pessoas respirem e fiquem incomodadas com o cheiro que o dono não sente mais, por ter se acostumado, isso quando o infeliz não inventa de entrar em locais públicos como shopping, farmácia, padaria, no ônibus (até a justiça quer permitir [ 1 ]) e, se deixar, entra até em restaurante, já não bastando os cabelos da mulherada que cai nas bandejas de alimentos dos restaurantes por quilo. O burguês leva seu cão para a praia, para o parque, latindo, sujando e transmitindo doenças para os outros, principalmente, crianças que não tem seu sistema de defesa totalmente desenvolvido. É inacreditável que não haja NADA na lei proibindo a criação desses animais. [ 1 ] Muito pelo contrário, a lei protege o direito de domestica-los, ou seja, de aprisiona-los. [ 1 ]

A mediocridade e hipocrisia do burguês é tamanha, que se discute, até, o direito de enterrar o cão no cemitério. [ 1 ] Falta do que fazer, falta de uma ideologia baseada no coletivo, em defender os interesses da coletividade. Moradia, Saúde, Educação, Saneamento Básico, Emprego, Salário Mínimo do DIEESE [ 1 ] e Lazer para todos como MANDA a Constituição [ 1 ]. Porém, ninguém tá nem aí com o próximo, só quer saber de defender seu interesse pessoal. O único próximo com que ele se preocupa é o seu nariz e o seu cão.

O cão, assim como o gato, são animais livres, autossuficientes e independentes, ou seja, não precisam do ser humano para nada. Isso é algo de dar inveja diante da nossa escravidão, da nossa dependência do sistema e da nossa consciência do ser. Temos que trabalhar para nos alimentar e a nossa dificuldade em lidar com as incertezas da vida, do futuro e da morte. É inacreditável que a lei permita e alguém tenha a coragem de tirar essa liberdade desses animais, colocando coleira, correia e aprisionado-os em ambientes fechados, muitos em canis, quintais ou apartamentos minúsculos. Sua personalidade dócil, facilmente constatada nos cães livres, que vivem nas ruas, se torna, com o aprisionamento, animais com problemas psíquicos, estressados pelo encarceramento (sujos de mijo e bosta) e/ou agressivos e/ou violentos, que são doenças psíquicas características da vida que leva o ser humano, ou seja, o dono quer deixar seu cão doente igual a ele, INACREDITÁVEL, pior ainda, compra um cão como forma de desestressar e termina estressando o coitado do cão que nada tem a ver com a doença do humano. O cão é onívoro, ou seja, come de tudo. Livre, ele se alimenta de frutas, vegetais, legumes, restos de alimentos e carcaças de outros animais em início de decomposição [ 1 ]. Já o gato tem o lado caçador mais aguçado, comendo pássaros, roedores, lagartixas e alguns insetos [ 1 ]. Portanto, é errado falar "animal doméstico", o correto é "animal encarcerado". São animais como qualquer outro animal. NÃO SÃO GENTE. Liberdade para os que são livres.


Viver a vida na plenitude da liberdade: comer, trepar e dormir.
Livre de compromissos, cobranças, obrigações, trabalho, estudo, contas a pagar. 

Maus tratos contra os bichos, qualquer um que seja, é inadmissível, inclusive o animal domesticado, é maus tratos também, pois está encarcerado.


Como o burguês vê as coisas de forma diferente.

"Tadinho deles, estão livres. Vou prende-los em casa."

"Ai, credo! Tomara que não me pessam dinheiro no semáforo."

Agora, crianças passando fome, vivendo nas favelas, sem saneamento básico, pedindo dinheiro no semáforo, cheirando cola e fumando crack, trabalho escravo e infantil, tudo bem, afinal de contas, isso faz parte do capitalismo. Nenhum protesto, nenhum resgate, nenhuma ajuda. Burguesia hipócrita. Inacreditável, tem sociedade protetora dos animais, tem hopital PÚBLICO veterinário (sustentado com o dinheiro dos impostos do povo) com reclamação da fila e do tempo de espera [ 1 ] e não tem a sociedade verdadeiramente protetora das crianças que passam e morrem de fome.


A música é terrível, mas a letra compensa, um pouco, o sacrifício.

O certo mesmo seria que todos nós fossemos vegetarianos. A natureza criou o ser humano sem dentes caninos pontudos e afiados. Sem as ferramentas que o homem criou, usando somente as mãos que a natureza nos deu, jamais conseguiríamos comer animais. O ser humano é frugívoro e não carnívoro. [ 1 ] Nosso intestino é comprido como o dos herbívoros e não curto como o dos carnívoros. Se não queremos fazer mal aos animais, como podemos come-los, se alimentar de um pedaço de carne de um animal assassinado, sangrando (sempre há traços de sangue por mínimo que seja) e em decomposição (claro, por isso tem validade)? Por outro lado, se todos se tornarem vegetarianos, onde vai plantar tanta soja, mandioca e berinjela para tanta gente? Haveria desmatamento, animais morreriam e seriam extintos do mesmo jeito que foi para se criar gado, por exemplo.

Pergunta: devemos ou não abrir mão do avanço da medicina através do uso de experiências com cobaias? Abrir mão, inclusive, de curas de doenças como o câncer e de vários remédios. 1 2 ] Numa análise antropológica, a própria existência do ser humano independe da medicina, da ciência, da religião, do progresso. Os índios estão aí para provar que tudo isso é supérfluo e é justamente isso que está pondo nossa existência em risco, inclusive a dos índios que nada tem a ver com o aquecimento global.

Responda: Quantos beagles foram "salvos"? Tudo isso? Agora responda, quantos animais e vegetais tiveram que morrer e foram extintos em nome do progresso, para fazer o seu carro e a sua casa, para fazer as estradas e hidrelétricas de que tanto precisamos, enfim, para fazer todas as "maravilhas" supérfluas do consumismo? Só há uma forma de salvar os animais, os vegetais e a natureza que ainda resta, é acabando com o ser humano, pois, somente os índios interagem de forma equilibrada e racional com a natureza. Alguém quer ser e viver como índio? Portanto, hipocrisia é a essência da burguesia. Para cada beagle salvo, quantos animais precisaram morrer e foram extintos para produzir os carros dos ativistas usados para levarem os cães, o combustível desses veículos que, também, polui o ar, para construir as estradas, as cidades e produzir os alimentos consumidos pelas pessoas que roubaram os cães. Esses alimentos foram cultivados ou criados em área desmatada com agrotóxico e adubo químico que envenenam o lençol freático e por aí vai, sem fim.

Calculando a "Pegada Ecológica" destes ativistas, quantos animais eles já não mataram ou foram extintos? [ 1 ] A própria internet, que permite acesso a todas essas informações e possibilita toda essa onda de protestos pelo mundo, surgiu, ironicamente, de uma necessidade militar para a guerra [ 1 ]. Você abriria mão da internet desde que não houvesse guerras?

Aproveite e veja a matéria "Burguesia" clicando aqui e, sobre o progresso supérfluo, clique aqui.

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