quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Dia da Consciência Negra - Farsa da Burguesia Ariana.

No ano de 1.533 teve início, no Brasil, a estupidez e a demência de importar negros africanos como escravos e, desde então, esse país maldito está em dívida com o povo afrodescendente que aqui vive. Com o fim deste absurdo em 1.888, o povo negro foi morar nas favelas, único lugar para onde puderam ir, e estão lá até hoje, outros estão vivendo nos campos de concentração (presídios, segundo a mídia burguesa) Brasil afora (60% dos presos são negros). [ 1 2 3 ]

Todo mundo foi, um dia, uma inocente criança ...
... absorvendo, sem questionar, do meio em que cresceu, todo e qualquer tipo de informação.

Ninguém nasce, "pré programado de fábrica", sabendo o que é certo e o que é errado ...
... a única "programação que vem de fábrica" é matar a fome, não importa como.

A burguesia ariana hipócrita, principalmente aqueles que nasceram em berço esplendido, dizem que vai preso quem quer, a escolha é da pessoa, é a índole dela, que cotas para universidade não devem existir, pois, cada um com sua capacidade. Então, por que a maioria dos presos, 60%, é formada por negros? É por causa da cor da pele, porque eles tem uma índole má, característica da raça? E por que negro em universidade é funcionário da limpeza, segurança ou da cantina? Por causa da cor da pele, porque não quiseram estudar, característica da raça? Que chance tem alguém que nasceu na favela, pai traficante e mãe prostituta? O burguês diria que isso não tem nada a ver. Lógico que a probabilidade de sucesso existe, mas é bem menor e se reflete nos números aqui apresentados. Probabilidade, esta é a questão. Chances iguais, esta é a razão. [ 1 2 ]

PROBABILIDADE

Qual é a PROBABILIDADE de uma criança burguesa vencer na vida tendo nascido em berço esplendido, estudando em escola privada, tendo uma boa alimentação para desenvolver seu cérebro e seu corpo de forma saudável, se comparada a uma criança que nasceu na favela, sem saneamento básico, mal alimentada, estudando em escola pública? E quando não estuda e fica no semáforo pedindo dinheiro, muitas vezes a mando dos pais, cheirando cola ou fumando crack?

Canal do Arruda em Recife

Paulo Henrique, 9 anos, catando latas de alumínio para trocar por dinheiro. [ 1 2 ]

A burguesia hipócrita prefere "lavar as mãos", se isentar de culpa e dorme tranquila com a consciência em paz. A burguesia diz: "Miséria é a incapacidade do indivíduo de lutar pelo sucesso, desemprego não existe, o que existe é vagabundo que não quer trabalhar, violência é a índole do indivíduo que prefere roubar do que trabalhar, menor tem que ir para a cadeia também, se tem alguém morrendo de fome é vagabundo, deixa morrer". O burguês é minoria, o povo é maioria, portanto, não era para existir burguês, porém, os meios de controle e alienação das massas populares desenvolvidos pelas elites dominantes conseguem manter esse absurdo, essa desigualdade social.



Enquanto TODAS as crianças não tiverem acesso a uma boa educação, em tempo integral, uma boa alimentação, uma moradia descente e com saneamento básico, enquanto elas não crescerem com dignidade sob a proteção de uma família bem estruturada e do estado, elas devem ser protegidas pela lei, ou seja, aumentando a menoridade para 21 anos e não o contrário, como a burguesia hipócrita quer. Quando todas as crianças forem tratadas como as crianças da Suíça são, aí sim, poderemos discutir a redução da idade penal.


CUIDADO !!!


Não olhe muito para a imagem abaixo, nem fique analisando e deixando a imaginação fluir dentro de sua mente fraca. Ela pode abrir portas nunca antes imaginadas, sem volta, gerar prazeres e desejos nunca antes sentidos, ambiguidade, bipolaridade, dicotomia, inversão de valores e alternância ou mudança de comportamento.

A própria natureza incumbe-se de corrigir as injustiças causadas pelo ser humano.


O fim da escravidão deu início a escravidão.



A liberdade “conquistada” pelos escravos (o correto é: concedida pela burguesia da época) é uma farsa muito bem manipulada pelas elites. O preço pago pelo povo negro está sendo muito caro, de tal forma que, muitos se perguntam em qual das duas situações é pior viver. Na senzala, os escravos tinham as três refeições diárias garantidas, lugar para dormir, médico, tudo gratuito, dançavam a capoeira nas horas vagas, desde que trabalhassem e produzissem. Pois, para o senhor (patrão), o escravo era como um bem móvel, tal como um veículo utilitário é para uma empresa, custou caro e tem que dar retorno, senão, se quebrar (se o escravo morrer) ou for roubado (se o escravo fugir) é prejuízo para o patrão. Portanto, somente os escravos rebeldes sofriam algum tipo de violência física, o que era raro. Mesmo porque, o senhor da fazenda queria um ambiente harmonioso para o escravo render mais, do que, num ambiente sob tensão de conflito e uma revolta com mortes. Nos filmes, documentários e nas novelas é dada ênfase aos casos de violência e sofrimento para tornar a trama interessante para o público e dar audiência. Os que conseguiam fugir e depois, quando tiveram sua liberdade decretada, se viram diante de um novo problema, tão grave quanto a própria escravidão: E agora, o que faremos com a nossa liberdade? Sem nenhum apoio governamental, sem estudo, sem emprego, sem moradia, sem dignidade, sem nada e, como se não bastasse tudo isso, o preconceito. Num primeiro momento ficaram do lado de fora da fazenda, depois, criaram as favelas. Tudo isso somado, resultou no que estamos vendo ainda hoje, poucos negros com nível superior, ganhando menos que o branco na mesma função, são maioria nas cadeias e nas favelas, valeu a pena? Sim para uns e não para outros. Pois hoje, com as leis mais humanas, a escravidão seria morar numa vila residencial na empresa do burguês, moradia de alvenaria com saneamento básico à custa do burguês, três refeições diárias por conta do burguês, educação, vestuário, lazer e saúde, todos os direitos constitucionais, tudo por conta do burguês. Isso é exatamente o que não acontece hoje, vitória do burguês, um salário que não é suficiente para nada disso. Ou seja, o fim da escravidão aconteceu justamente por causa dessa visão (e não por causa da benevolência da princesa) que a burguesia da época teve ao analisar a REDUÇÃO DE CUSTO que teriam com o trabalhador assalariado, muito mais produtivo, por causa do medo do desemprego (que é o mecanismo que substituiu o chicote) e muito mais barato que manter um escravo.

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